Contos de Rolando Boldrin

Semanas atrás fui ao show de um dos integrantes daquela dupla Rolando e Boldrin. Conhecem? kkkk
Brincadeira. Ele mesmo conta isso porque muitos o confunde perguntando isso.
Rolando Boldrin no meu tempo de criança apresentava o programa aos domingo, Som Brasil. Se não lembra pergunta para o Dr. Google.
Dentre os vários casos que ele contou vários marcaram.

Um deles, um senhor da mesma cidade dele dizia conhecer de cachaça. Podia colocar qualquer pinga no copo que ele ia beber e sabia de onde era. Conhecedor profundo. Muitos duvidavam mas ele nunca havia errado uma cachaça se quer. Podia ser a cachaça com fabrica mais distante que ele conhecia.
Certo dia um dono de botequim disse que iria pegar o tal senhor. Colocou em uma garrafa de cachaça, água. Isso mesmo, água mineral.
O senhor chega no bar todo faceiro e logo o dono vai dizendo: “Tenho uma aqui que o senhor não vai descobrir.”
Bota ela no copo que logo logo digo de onde ela é. O senhor disse.
Imediatamente o dono caprichou uma dose dupla e deu para o conhecedor do assunto. Ele bebeu… Degustou… Mais um gole… Degustou… Abria e fechava a boca, batendo a língua no céu da boca e nada. Por fim ele confessou: “É, essa eu não sei mesmo não.”
Todos riram e falaram que era água. O senhor surpreso disse: “Ah, isso que é água?

Em um outro, um senhor de nome Anisio, tinha vergonha do amigo quando bebia café e ao final, quando restava um pouco de café e açucar no copo ele rodava a xicara, fazendo daquilo um “caqueado”, tique nervoso. Isso toda vez que bebia café.
Um belo dia o Anísio foi convidado para visitar a irmã em São Paulo. Para não ir a viagem sozinho, convidou seu velho amigo Zeca para acompanha-lo. De antemão, já foi pedindo para o Zeca não fazer aquele “caqueado” com a xícara ao beber café, porque era uma coisa muito feia e que sua irmã era uma pessoa muito educada e por ai foi.
Zecão foi logo retucando: “Podexá, eu também sou uma pessoa muito fina e você vai ver só.” Anísio então resolveu leva-lo assim mesmo.
Chegando a São Paulo, na casa da irmã, Anísio foi comprimentando todos e apresentando o Zeca. Nisso foi chegando meninos de todos os lado para conhecer o tio que nunca havia visto.
Zeca ao comprimentar a irmã de Anísio foi logo beijando sua mão como um gesto de educação. Anísio ficou impressionado com aquilo e ficou logo tranquilo com o amigo.
Depois de muita conversa e prosa a dona da casa resolveu fazer um cafezinho para servir suas visitas. Anisio olhou de rabo de olho para o amigo e piscou. Zeca acenou com a mão com um sinal de “ok”. Até ai tudo bem.
Café chega, prosa vai, meninos do lado brincando e gritando. Nisso todos bebendo café. Até que quando Zeca bebe seu penultimo gole e olha para o fundo da xicara, bate aquela vontade de rodar a xícara. Nesse momento todos ficam em silencio. Anísio de olho vidrado em Zeca.
Zeca olhou para os meninos naquele silencio todo e disse rodando a xícara e apontando para as crianças: “Esse meninos são todos seus?”