sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nasci antes da internet e do celular

Meus pais e meus avós sempre me falavam, quando eu ainda morava em Minas Gerais, “Eu nasci antes da Televisão e do Telefone”.
Lembro que na casa da fazenda de minha avó, tem até hoje uma televisão ainda preto e branco. Rádios que mais pareciam um caixote, para escutar o “Reporter Esso”, noticiário da época. Um telefone do tempo que se discava com toques longos e curtos e não por números como é hoje.
Com certeza, posso dizer aos meus futuros filhos e sobrinhos que nasci bem antes dos computadores, internet, celulares, fax, GPS e qualquer outro aparelho moderno.
Fui do tempo que para divertir tinha que jogar futebol na rua, montar o próprio carrinho de rolamento, inventar uma brincadeira qualquer com os amigos, a antiga brincadeira de médico e tantas outras.
Tenho o sentimento que as grandes invenções começaram a mais ou menos de uns cem ou cento e poucos anos para cá. Estamos a dois mil e dez depois de cristo. É muito tempo! O começo não seria deste tempo para cá? Pelo menos uma grande modernização no planeta. Um grande conflito de pensamento!!!
A pouco tempo venho me interessando e gostando cada vez mais pela tecnologia de se organizar e comunicar. Poder publicar meus comentários, criticas, lazer, curiosidades, noticias, enviar fotos e vídeos. Encurtar distâncias.
Compartilhar com pessoas que nem mesmo eu sem que existe e lê o que escrevo. São todos interligados por uma tecnologia chamada internet. Para quem gosta é uma maravilha. Mas tem o lado da perda de privacidade, o perigo de se expor para alguém com desejos malignos. Até que ponto podemos publicar e divulgar criticas e imagens e manter a vida intima com sua devida privacidade?
O artista, o ator e o famoso trabalha com sua imagem. É uma forma de divulgação e promoção do seu trabalho. Mas seria um meio ideal para uma pessoa comum?
Digo em relação a redes de relacionamentos, publicação de imagens, criticas e outros.
As vezes penso que lá na roça, que sempre passo parte da vida, seja um lugar que tem seu valor primitivo e original. Lá se come a verdadeira comida sem conservantes e mais saborosa, escuta as conversas de crenças e superstições, celular só existe o “moleculá”. Qualquer coisa, manda o moleque lá. Também tem a vista perfeita do céu, capaz de ver o tempo se vai chover ou não, saber se o tempo está bom para plantar, ver as estrelas e poder contemplar a lua em seu estado mais perfeito.
Com todas essas dúvidas vou curtindo minhas duas formas. O de “Jeca”, que fica parte do tempo na fazenda longe das modernidades, conhecendo o ser humano em sua verdadeira conexão com o meio ambiente e o planeta e a do cidadão comum que tem acesso as facilidades da geração deste século, deixando se guiar por máquinas e aparelhos.

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